segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A moral e os bons costumes









                                  A moral e os bons costumes



               Nesses últimos anos falou-se muito em moral e bons costumes. Que aquilo era amoral, que aquilo outro também e aí fiquei pensando com meus botões? Qual parâmetro usar para mensurar se algo é imoral ou não?

           Seria recorrer aos livros sagrados como  a Bíblia, Alcorão, Vedas, Torá, mesmo sabendo que tanto se mata em nome de Deus?

         A moral segundo os dicionários é parte da filosofia que trata dos costumes, dos deveres, e do modo de proceder dos homens nas relações com seus semelhantes.

             A ciência e a matemática existem independentes dos seres humanos. Desde que os astros e satélites começaram girar em suas órbitas e que Deus depois de sete dias criou tudo.  Sabemos disso desde o catecismo ensinado nas escolas (católicas) claro.

          A moral ao contrário não é descoberta e sim inventada pelos diversos grupos que povoaram e povoam a terra nas diversas eras. E sendo inventada coube ao inventor colocar na lista as coisas que lhe interessavam e deixar de fora o que lhe não apetecia. E vem sempre mudando ao longo do tempo.

          Para nós, homens contemporâneos, andar despidos é amoral, mas para os índios era normal. Bem antes, Adão e Eva andavam para cima e para baixo no paraíso peladões numa boa, só não podiam experimentar uma tal "fruta proibida". Seria o nascimento da moral?

       Desconfio que Deus não inventou a moral. Isso não. Acho que só depois que ficou por aqui com os homens,mandou Moisés anotar os dez mandamentos numa pedra por achar que  estavam bem “enxeridinhos”.

        Mas e na nossa cultura de latino americano, sem dinheiro no bolso, como bem diz a música, como anda a moral? Qual nossa lista, nossos mandamentos?

           É ético e moral um juiz que condenou o principal adversário numa eleição e o retirou do embate democrático dando a vitória ao outro e que depois  aceitou o convite para participar do governo deste? 

          Segunda a cultura futebolística, um juiz que apitar a final de um campeonato, jamais participará da festa do vencedor, com o risco de ser chamado no mínimo de amoral e outros adjetivos mais. 

           Que antes como juiz dizia aos quatro cantos que o caixa dois era crime pior do que a corrupção e agora como ministro fala que é crime menor ou nem é crime?

          É certo um deputado Federal em seu projeto estabelecer doação compulsória de órgãos e tecidos quando pessoas em confronto com agentes públicos de segurança tiverem morte encefálica e cessão de órgão e tecidos em cadáver que apresentar indícios de morte por ação criminosa, depois que o presidente em decreto liberou as armas, mais o salvo conduto para matar do “pacote anticrime” do ministro da justiça?

          Onde anda a moral? Os limites foram alterados ao bel- prazer de uns?

          Vão aí duas historinhas do livro, filosofia em 60 segundos. Talvez com elas ajude-os a ter parâmetros para escolher o que é ética e moral ou não.


                                  Primeira historinha:

            Um belo dia o responsável por uma gare, observou  cinco crianças brincando sobre a linha onde o trem iria passar e que inevitavelmente ia matá-los.  A única saída seria desviar o trem a tempo para a outra linha, no entanto observou que na outra linha tinha uma criança sozinha. O que fazer? Aqui você poderia pensar assim: “Que sacrifique um em prol dos cinco!”.

                               Agora a outra historinha:

           Num hospital infantil havia cinco crianças a espera de transplantes, prestes a morrerem se não recebessem os órgãos necessários a tempo. Um médico preocupado observa pela janela e vê no pátio uma criança sadia brincando. Fica a pergunta:
           Seria possível sacrificar esse em detrimento aos outros? 

           Acredito que sua escolha chegará aos cinquenta por cento. 

           Observe que indubitavelmente, vão ter várias condutas. 

          Acrescente a pergunta, e se fosse seu filho? Agiria da mesma forma?

          O direito a vida é universal e individual, e a moral é subjetivas e muda com o passar do tempo. Sempre protegendo os mais fortes. Mesmo sendo amoral.






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